terça-feira, 4 de outubro de 2016

Apresentação


Este blog foi criado com o intuito de compartilhar o trabalho de informática e estatística sobre a Representatividade Étnica e Feminina na Mídia, feito durante  o ano de 2016, no CTI - Colégio Técnico Industrial, Unesp Bauru.


 Integrantes do grupo:





 No sentido horário: Bianca Vidal, Ana Laura Maffei, Sílvia Oliveira, Joana Cuesta e Gabriela Miyajima.

                                                                                                                                                                                                                             


Introdução


     O nosso trabalho aborda o tema representatividade feminina e étnica na mídia, direcionado para pessoas de Bauru e região.
     Por isso, nele foram apresentadas questões que buscam ao máximo provocar reflexões sobre as pessoas e como elas aparecem na TV, revistas e jornais, levando, por fim uma sensibilização e conscientização da população.



Justificativa

     A representatividade ,atualmente, vem sendo muito discutida, já que tem gerado tensões (muitas das vezes desnecessárias) entre grupos sociais, ocasionadas  pela falta de conhecimento sobre o assunto.
     A população em sua maioria, tem uma visão bem generalizada de assuntos sociais onde uma pequena parcela da sociedade controla a mídia e deturpa as informações nas quais são passadas e consequentemente são aceitas pela grande maioria.
     Portanto, essa falta de informações ou na maioria das vezes informações adulteradas ou não sobre esse aspecto e sua discussão cada vez mais crescente, fez com que o grupo escolhesse o tema “Representatividade étnica e feminina na mídia” e quisesse expô-lo de forma resumida e mais clara para a sociedade.





Objetivos


     O objetivo do nosso trabalho é através do questionário e das respostas obtidas, colocar grupos excluídos pela mídia em evidência e mostrar como mulheres e pessoas de diversas etnias são representados e como cada um deles se sente em relação sobre o tema.
     Porém, nosso trabalho não se restringe apenas às minorias, ele se estende às outras pessoas e para elas, o trabalho tem objetivo de conscientizá-las e fazê-las sentir empatia pelos outros grupos. Fazer com que vejam e percebam a exclusão e esteriótipos presentes na mídia e no dia-a-dia.
     Indo até mais além, o nosso trabalho busca provar como a mídia funciona como uma ferramenta de conservação e preservação de preconceitos contra determinados grupos.






População

343.937 habitantes de Bauru.
12.567 habitantes de Duartina.
36.524 habitantes de Agudos.
143.283 habitantes de Jaú.
66.131 habitantes de Lençóis Paulista
11.066 habitantes de Iacanga.


Total da população: 613.508 pessoas.




Amostra

194 formulários preenchidos por pessoas da nossa população.




Revisão Bibliográfica

Texto 1


“É nosso dever incluir todo tipo de gente', diz artista de 'TowerFall”
Amora Bettany luta por presença de mulheres e minorias em videogames.
“É importante que quem jogue o jogo se sinta representado”, diz brasileira.
Bruno Araujo (do G1, em São Paulo).


     Rosa é cor de menina e azul é cor de menino. Protagonistas de filmes e games devem ser homens brancos, fortes e com a barba por fazer. E as mulheres, é claro, não passam da motivação necessária para o personagem masculino encontrar forças para encarar a aventura.
     Entendeu direitinho? Agora pegue todos esses estereótipos e jogue no lixo. Esse é um pensamento do passado. E subverter essas convenções culturais dentro dos jogos é o grande objetivo de Amora Bettany, do estúdio paulistano Miniboss, que criou os personagens do hit indie "TowerFall".
     Videogame é coisa de menina sim. Neste Dia Internacional da Mulher, o G1 conversou com mulheres que jogam e trabalham com jogos no Brasil, enfrentando preconceito e machismo por uma paixão que não tem gênero. Leia também a entrevista com Cristina Santos, mulher com maior pontuação de Xbox no Brasil.
     "Não é uma questão de gosto. É o nosso dever, de qualquer pessoa que cria, que se expressa, tentar incluir todo tipo de gente e de ideias", diz Amora, que trabalha no desenvolvimento do conceito por trás dos personagens dos games da Miniboss.
     "É importante que quem assista ao filme, jogue o jogo, ou consuma qualquer tipo de arte ou mídia se sinta representado. É preciso ter sempre em mente a representatividade das mulheres e das minorias", ela conta ao G1 durante conversa na casa e escritório da Miniboss, no bairro da Liberdade, em São Paulo.




Todo tipo de gente e de ideias


     Segundo estudo publicado em abril de 2015 nos Estados Unidos pela ESA (Entertainment Software Association), associação responsável pela organização da feira de games E3, 155 milhões de norte-americanos jogam videogame regularmente. Desses, 44% são mulheres. A pesquisa diz ainda que a fatia de jogadoras com 18 anos ou mais é maior que a de jogadores com 18 anos ou menos – 33% contra 18%.
     Os números são claros: existe quase uma igualdade (ou predominância, em alguns casos) de mulheres em relação aos homens no consumo de games. Esse equilíbrio, porém, ainda não é visto dentro da maioria dos jogos, e essa é a tarefa em que Amora e a Miniboss estão firmemente engajados. "TowerFall" é o maior exemplo disso.
     Metade dos personagens do game multiplayer, que acumulou US$ 500 mil em vendas em menos de dois meses e revitalizou as partidas competitivas offline, é feminina. E todos eles brincam com as definições de gênero de maneira divertida e natural. O guerreiro da cor rosa é um príncipe assassino que, ao contrário do que você pode imaginar, não tem trejeitos afeminados. Já os soldados das cores azul e verde são, adivinha, meninas.
     "As mulheres ficam muito felizes de se verem representadas por uma personagem legal e levada a sério. A Azul é bacana porque você escolhe um mago, mas daí ele tira o capuz e é uma menina. E tudo bem! Os jogadores aceitam a inversão", Amora comemora. "Por isso que é interessante brincar com essas convenções. Nos acostumamos a achar que só estereótipos funcionam. Mas todos estão desesperados para ver coisas diferentes".
     Por isso "TowerFall" é um dos principais exemplos atuais de representatividade dentro dos videogames. A ideia partiu do canadense Matt Thorson, designer do jogo, que exigiu à Amora e à Miniboss que as personagens femininas não fossem sexualizadas. O pedido deu um estalo na brasileira, que na época ainda se enxergava "programada a agir de forma sempre inferior ao homem".
     "É difícil ter consciência disso e desaprender. As pessoas são criadas assim", ela lamenta. "Sempre quis colocar garotas interessantes nos jogos, mas não sabia como. Tanto que no 'Deep Dungeons of Doom' a única mulher é seminua. No 'Talbot's Odyssey', sugeriram que o personagem tivesse um lacinho rosa no modo fácil. Vários machismos. E na minha cabeça eu pensava: 'Ah, mulher em jogo é assim'".


O que não é sexualizado?


     O encantamento e o desejo de ser mais representativa e igualitária foi tão grande que Amora admite que a balança acabou pesando para o outro lado em "TowerFall", situação que ela também não considera ideal e que tem sido ajustada para o próximo game da Miniboss: a aventura "Skytorn", com lançamento previsto para PlayStation 4 e PC em 2016.
     "Eu me perguntei: 'o que não é sexualizado'? Deve ser não ter peitos. E aí você olha a Azul e a Verde e elas estão cobertas da cabeça aos pés. Eu entrei em pânico", ela brinca. "As duas funcionaram, mas dois anos depois eu sei que não é bem assim. Fazer uma personagem feminista não é cobrir ela inteira, colocar uma burca"
     Na opinião de Amora, ser representativo não é incluir obrigatoriamente um exemplar de cada gênero, etnia ou fisionomia, como se fosse preciso atingir uma cota. "Você quer representar todo mundo e faz algo que não conversa entre si". A questão é tratar todos os tipos de pessoas com naturalidade, importância e harmonia dentro do tema do game.
     Protagonista de 'Skytorn' é mulher e negra. Para ser mulher. Elas têm que estar no meio da história como pessoas normais. Porque nós somos pessoas normais".Amora     "O universo pós-apocalíptico de 'Skytorn' é um cenário que levanta essas questões, mas está disfarçado de fantasia. A protagonista de 'Skytorn' é mulher e negra, e quase não existem personagens assim. Só consigo lembrar da Jade, de 'Beyond Good & Evil', e uma ou outra coadjuvante", ela diz.
     "Mas você quase não nota a cor da pele dela. Não existe a conotação do nosso mundo. E não houve nenhuma reação exagerada. Isso significa que as pessoas estão     "O design de personagens de 'Skytorn' é algo bem mais consciente do que em 'TowerFall'. Estou totalmente livre para criar. E tentando inverter tudo que puder, mas não de maneira forçada".
     Amora cita também o caso das personagens femininas do MOBA "Dota 2" como um bom exemplo de design abrangente. "Tem uma que é completamente pelada, mas ela é uma Succubus [demônio mitológico feminino que se alimenta da energia sexual dos homens]. Então é óbvio que ela vai usar biquíni, pois é toda sensual".


    
    
     "Tem outra que é líder de exército e usa uma armadura. E tem um dragão muito legal que, olha só, é mulher. Uma dragoa, na verdade. Não é aquela ideia de 'ela é mulher porque ela tem filhos'. Não, ela só calhou de ser mulher. Elas têm que estar no meio da história como pessoas normais. Porque nós somos pessoas normais".




Resumo do texto 1:


     O primeiro texto faz menção à Amora Bettany, uma criadora de games, e sua visão sobre suas novas obras. Amora decide inovar ao fazer games que representem a personagem feminina de modo diferente, substituindo a fragilidade e a erotização destas personagens para força, admiração e seriedade das mesmas. A criadora alega que todas as pessoas devem se sentir representadas positivamente ao assistirem um filme, jogar um jogo, ou algo semelhante. É importante ressaltar que Amora quer acabar com esteriótipos em seus games, como por exemplo a designação de cores azul para menino, rosa para menina, menina brinca de boneca, menino joga vídeo-game.
     Outro ato considerado inovador, é o novo game da mesma criadora possuir como protagonista, uma personagem feminina e negra, o que é completamente incomum. Amora, ao introduzir esta quebra de esteriótipos em seus games, pode conseguir ampliar isso para fora da televisão, e quebrá-los também na realidade.




Texto 2


Representação do negro na TV: antigos estereótipos e busca de contextos positivos
Andréia Martins (da Novelo Comunicação).


     A TV no Brasil existe desde os anos 1950, mas apesar de tanto tempo no ar, os negros (metade da população brasileira) ainda são coadjuvantes quando falamos em telenovelas, séries, propagandas, programas de entretenimento, entre outros produtos,     No caso das novelas, boa parte dos personagens negros aparece em papéis que reforçam estereótipos tradicionais como o negro que gosta de samba, mora na favela ou em bairros periféricos, atua num núcleo violento ou onde há criminalidade, ou ocupa cargos como porteiros, motoristas, secretários ou empregadas domésticas. Muito raramente associa-se um negro com algum papel de destaque ou protagonista.


Direto ao ponto:


     No livro "A negação do Brasil: o negro na telenovela brasileira" (2001), o autor Joel Zito Araújo cita elementos ouvidos de entrevistados que avaliaram como os meios de comunicação de massa representam negros e afro-brasileiros na televisão.
     Os principais pontos de crítica foram que 1) os negros são representados através de estereótipos negativos; 2) existe uma total invisibilidade da ação positiva dos negros; 3) a cultura negra é vista como folclore, e não como parte da cultura popular e da constituição do imaginário e das preferências do povo brasileiro; 4) o negro como elemento de diversão para os brancos, e não para si mesmo e seu grupo étnico; e 5) a apresentação do negro como pobre e favelado está na estrutura rotineira dos noticiários.
     A lógica se repete em séries televisivas, no cinema nacional, na literatura, publicidade e outras áreas da mídia. A constatação de sociólogos e outros estudiosos sobre o tema é que, na TV, o principal veículo de comunicação de massa do Brasil, a falta de representatividade do negro [ou seja, a sua participação neste meio] influencia ativamente na constituição da identidade desta população e na forma como ela é vista     A televisão não é o espaço da narrativa do real, mas da construção do real. Dessa forma, esse modelo de identidade negra que a teledramaturgia brasileira difunde acaba alimentando um imaginário de exclusão e reforça estereótipos sobre o negro na sociedade brasileira.
     Como avalia a professora de antropologia da ECA-USP Solange Martins Couceiro de Lima, no artigo "A personagem negra na telenovela brasileira: alguns momentos" (Revista USP, 2001), “a telenovela é, pois, a narrativa que veicula representações da sociedade brasileira, nela são atualizadas crenças e valores que constituem o imaginário dessa sociedade. Ao persistir retratando o negro como subalterno, a telenovela traz, para o mundo da ficção, um aspecto da realidade da situação social da pessoa negra, mas também revela um imaginário, um universo simbólico que não modernizou as relações interétnicas na nossa sociedade”.
     Se pensarmos nas séries televisivas dos EUA, onde as telenovelas não ocupam horário nobre, podemos elencar rapidamente pelo menos dez programas com a presença de atores negros em papéis de destaque e até mesmo protagonistas. Isso sem contar os      Desde a década de 1960, início das telenovelas brasileiras, a participação de atores e atrizes negras evolui pouco. Nos anos 1960, os negros somente atuavam interpretando afro-brasileiros em situações de total subalternidade, sendo a mulher constantemente colocada no papel de escrava ou empregada. Nessa época, as telenovelas procuravam confirmar o mito da democracia racial brasileira e da convivência pacífica entre as raças. Os galãs e mocinhas frequentemente eram brancos e loiros.
     Na década seguinte, os anos 1970, as novelas tinham como foco mostrar os conflitos e dramas dos brasileiros na luta pela ascensão social, na década do milagre econômico. Foi apenas nos anos 1990 que uma atriz negra (Taís Araújo) desempenhou o papel-título em uma telenovela, Xica da Silva. Em 2004, a mesma atriz protagonizou Da cor do pecado, da Rede Globo, sendo a primeira protagonista negra da história das novelas da emissora.
     Devido ao alcance de público, as telenovelas e séries, bem como as propagandas, são responsáveis por elaborar e propagar modelos de identidade que serão referência para o espectador. Por isso, é necessário que haja uma igualdade racial e papéis de atores e atrizes em contextos mais positivos.








Série com negras protagonistas estreou sob denúncias de racismo


     Em 2014, a estreia da série Sexo e as Negas, na TV Globo, protagonizada pela primeira vez por quatro atrizes negras, foi cercada de muita polêmica. Antes mesmo da estreia, o nome da atração já havia gerado mais de dez denúncias de racismo na Seppir (Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial).
     Tendo como inspiração a série norte-americana Sex and the City, a série foi protagonizada por quatro amigas negras moradoras da Cidade Alta de Cordovil, no Rio. Além de mostrar o dia a dia de trabalho, a série apresentava também as desavenças sexuais e amorosas das personagens.
     Diversos grupos da comunidade negra repudiaram a série, acusada de “reproduzir estereótipos racistas e machistas” sobre a mulher negra e mostrar mais uma vez o negro como morador de subúrbios ou favelas. O diretor e criador da série, Miguel Falabella, explicou que o nome surgiu durante um encontro na própria comunidade de Cordovil, onde uma negra sugeriu o nome com a palavra ‘nega’ “substituindo o S do artigo pelo R, como é usual no falar carioca”, disse o autor em nota.
     Segundo ele, a ideia era “um programa que refletisse um pouco a dura vida daquelas pessoas, além de empregar e trazer para o protagonismo mais atores negros”. “Qual é o problema, afinal? É o sexo? São as negas? As negas, volto a explicar, é uma questão de prosódia. Os baianos arrastam a língua e dizem meu nego, os cariocas arrastam a língua e devoram os S. Se é o sexo, por que as americanas brancas têm direito ao sexo e as negras não? Que caretice é essa?”, questionou ele.
     Nesta discussão, cabem diferentes argumentos de ambos os lados. Do lado do programa, tem-se aí uma série na principal emissora do país com quatro protagonistas negras, vivendo em uma região periférica, mas que não se veem como vítimas. É um retrato de um determinado tipo de mulher -- negra ou branca -- que existe na vida real.
     O fato do tema da série ser sexo levanta uma questão: quando falamos de Sex and the City e suas protagonistas classe média alta, tudo bem falar de sexo, mas quando envolve personagens negras, por que isso seria uma razão para diminuir a raça? Não estaríamos impedido a mulher negra de também ser vista e de vivenciar seus desejos, vontades e fantasias?
    


     Do lado dos críticos do programa, tem-se o argumento de que, devido à falta de representatividade do negro, colocar um programa logo com esse tema poderia estigmatizar ainda mais a sua imagem já que as personagens repetem o já visto: moram em lugares e ocupam cargos considerados inferiores, destinados a quem tem pouca formação educacional.


     Apesar das denúncias, a primeira temporada da série foi ao ar sem restrições, dividindo a audiência. No entanto, a emissora não renovou a série para uma segunda temporada.


Quem é o negro no Brasil?


     Definir quem é negro não é uma tarefa tão fácil. No Brasil, a atual classificação adotada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) é usada como oficial. Esta classificação tem como diretriz, essencialmente, o fato da coleta de dados basear-se na autodeclaração, ou seja, a pessoa escolhe, entre cinco itens (branco, preto, pardo, amarelo e indígena) qual deles se considera.
     Somadas, as populações que se autodeclaram preta e parda formam a população negra Em dez anos, a população autodeclarada preta no país cresceu 2,1 pontos percentuais, passando de 5,9% do total de brasileiros em 2004 para 8% em 2013. O mesmo aconteceu com o número de pessoas autodeclaradas pardas.
     Muitos negros são chamados de afrodescendentes (ou afro-brasileiros) devido à ascendência africana. No entanto, essa não é uma exclusividade dos negros. Muitos brasileiros aparentemente brancos são parcialmente descendentes de africanos, assim como muitos negros são parcialmente descendentes de europeus.
Projeto de lei propõe cota de mídia.
     A televisão é uma formadora de opinião, e as propagandas são consideradas espelhos para os telespectadores. Na publicidade veiculada na TV, a lógica da representação dos negros é a mesma das telenovelas, embora nos últimos anos, mais atores negros estejam aparecendo em comerciais.
     Para esta área, o projeto de Lei nº 4370/98, em tramitação no Congresso Nacional, determina que uma porcentagem mínima de negros que deve atuar na publicidade, indicando uma preocupação em tornar possível a efetiva inserção do negro nos diversos espaços de atuação da sociedade.
     O texto obriga a presença mínima de 25% de afrodescendentes entre os atores e figurantes dos programas de televisão -- extensiva aos elencos de peças de teatro -- e de 40% nas peças publicitárias apresentadas nas tevês e nos cinemas.
    


     A inserção de mais atores e atrizes negras com papéis de destaque em novelas e propagandas não resolverá as questões raciais da sociedade brasileira. O que se espera disso é uma contribuição para o debate e esclarecimento. No entanto, o fato de a inserção de negros na propaganda na TV ser imposta por lei (caso o projeto seja aprovado) já revela muito sobre como nós tratamos essa questão.


Direto ao ponto


     Apesar do tempo que separa a abolição da escravatura no Brasil dos dias atuais, os negros (metade da população brasileira) e afrodescendentes ainda são coadjuvantes quando falamos em telenovelas, séries, propagandas, programas de entretenimento, entre outros produtos, produzidos pela TV brasileira.
     A constatação de sociólogos e outros estudiosos sobre o tema é que, na TV, o principal veículo de comunicação de massa do Brasil, a falta de representatividade [ou seja, sua participação] do negro influencia ativamente na constituição da identidade desta população e na forma como ela é vista pelos demais.
     Em 2014, a estreia da série Sexo e as Negas, na TV Globo, protagonizada pela primeira vez por quatro atrizes negras, foi cercada de muita polêmica. Antes mesmo da estreia, o nome da atração já havia gerado mais de dez denúncias de racismo na Secretaria Especial da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), acusada de “reproduzir estereótipos racistas e machistas” sobre a mulher negra.


     Devido ao alcance de público, as telenovelas e séries, bem como as propagandas, são responsáveis por elaborar e propagar modelos identitários que serão referência para o espectador. Por isso, é necessário que haja uma equidade racial, no sentido de fazer com que a ideologia do branqueamento e o desejo de “euro-norte-americanização” não dominem a maior parte representativa da TV.

Resumo do texto 2:


     O segundo texto chama a atenção para a grande diferenciação étnica no Brasil como relação a conceitos e ideologias voltados para os adjetivos “preto e branco”, ainda presentes em um país extremamente miscigenado, já que na teoria este tipo de pensamento simplista e racista deveria não existir ou pelo menos diminuir a cada dia.
     Além disso, também nos é apresentado no corpo do texto um novo projeto de lei que visa combater a exclusão social do negro nas mídias publicitárias, novelas e entre outras.




Texto 3


58% veem mulher retratada como objeto em anúncios de TV, diz estudo
Maioria também acha que padrão de beleza mostrado é longe da realidade.
Pesquisa foi feita pela Data Popular e Instituto Patrícia Galvão.
Do G1, em São Paulo


     A mulher é retratada como um objeto sexual, "reduzida a corpo e bunda", nas propagandas de TV para a maioria das pessoas, segundo uma pesquisa feita pelo Data Popular e o Instituto Patrícia Galvão.
Apesar de o retrato da mulher na TV mais percebido ser o de mulher ativa e independente (67%), ela é mostrada como objeto sexual, "reduzida a corpo e bunda", para 58% dos entrevistados.
      Para 51%, a mulher retratada nas propagandas de TV é a profissional bem-sucedida; para 46% é a mulher que tem corpo bonito e é inteligente; para 20% é a mulher dona de casa; e para 16%, a mãe e esposa carinhosa.
     Além disso, 84% dos entrevistados dizem que as propagandas na TV usam o corpo da mulher como chamariz para promover a venda de produtos e serviços. Só 4% discorda e 12% não concorda nem discorda.
     Para 70%, as propagandas que mostram a mulher de forma ofensiva devem ter seus responsáveis punidos.


Mulheres irreais


     Os entrevistados também dizem não ver "a mulher da vida real" nas propagandas de TV. Segundo a pesquisa, 56% acham que as propagandas na TV não mostram a mulher real e 25% veem os anúncios como um retrato fiel.
     A maioria aponta que propagandas na TV mostram um padrão de beleza muito distante da realidade da brasileira e que as mulheres sentem-se frustradas quando não conseguem ter o corpo e a beleza das mulheres mostradas nas propagandas na TV : são 65% e 60%, respectivamente.
   


    Só 17% não veem o padrão de beleza da TV como muito distante da realidade e 18% não concordam nem discordam. Entre os entrevistados, 18% não acreditam que as mulheres se frustrem por não ter o mesmo padrão de beleza dos anúncios de TV e 22% não concordam nem discordam.
Mulher que trabalha e estuda


     Mais de 60% dos entrevistados consideram que as propagandas na TV não mostram as mulheres que, além de ser esposa e mãe, também trabalham e estudam e cerca de 23% apontam que as mulheres com esse perfil são retratadas.
     Quanto ao retrato da inteligência da mulher nas propagandas, 35% dizem nunca ver a mulher sendo apresentada como uma pessoa inteligente em propagandas na TV e 43% discordam disso.


Além das loiras


     A pesquisa mostra que a maioria dos entrevistados gostariam de ver mais mulheres negras retratadas nos anúncios de TV (51%), morenas (67%), mulheres com cabelos crespos ou cacheados (53%), com olhos escuros (56%), maduras (55%) e de classe popular (64%).
    Os entrevistados também dizem que as propagandas de TV mostram mais loiras (73%) e na vida real a maioria vê mais morenas (63%). O mesmo acontece com os tipos de cabelo: na vida real 53% apontam que há cabelos cacheados e nas propagandas só 17% acham que este tipo é mostrado, contra 83% de lisos.
    Na TV, 87% acham que as mulheres retratadas são magras, já na vida real, 55% tem esse biotipo. Quanto à idade, 78% veem na TV mulheres jovens, mas na vida real elas representam são o retrato para 48%.
    “A irrealidade da representação da mulher é percebida pela absoluta maioria e há uma clara expectativa de mudança. Aqui se revela um paradoxo: se pensarmos a partir da lógica de mercado, pode-se dizer que anunciantes e publicitários, em razão de uma visão arcaica do lugar da mulher na sociedade e de um padrão antigo de beleza, não estão falando com potenciais consumidoras”, diz a diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, Jacira Melo.
   


     Para o diretor do Instituto Data Popular, Renato Meirelles, o principal mérito da pesquisa é mostrar como as empresas perdem dinheiro com a representação distante da realidade, uma vez que as mulheres movimentam hoje, no Brasil, um mercado consumidor de R$ 1,1 trilhão por ano e determinam 85% do consumo das famílias, segundo dados do próprio instituto. “Não estamos falando de um nicho consumidor, mas do principal mercado consumidor brasileiro. Então, há uma miopia do ponto de vista de oportunidades de negócios”, considera. A pesquisa foi realizada com 1.501 pessoas em 100 cidades do país, em maio deste ano.








Resumo do Texto 3:


    O terceiro texto faz referência a uma pesquisa feita pela Data Popular e o Instituto Patrícia Galvão sobre como as pessoas acham que  a figura feminina é representada pela mídia.
    Entre os resultados obtidos, 58% veem a mulher sendo representada como objeto e a maioria dos entrevistados gostariam de ver mais mulheres negras na mídia.
    O objetivo dessa pesquisa é mostrar como as empresas midiáticas perdem dinheiro para representar algo fora da realidade. Vale ressaltar que as mulheres representam um mercado consumidor de mais de 1 trilhão de reais e são elas que determinam 85% do consumo das famílias.
    Essa pesquisa pode levar as empresas a mudarem a forma de representação feminina, ao fazê-las perceberem o quão errado são os padrões em uma sociedade extremamente diversificada.







Questionário


"As representações sociais são como formas de compreender a relação diária da vida em sociedade, onde o indivíduo é valorizado com sua participação na reelaboração de significados para fenômeno da vida cotidiano. Obs.: Em relação à minorias/maiorias, não falamos em sentido quantitativo.”


1. Qual é sua idade? *
______________


2. Qual o seu gênero? *
( ) Feminino.
( ) Masculino.
( ) Outro.


3. Qual sua etnia? *
( ) Branco.
( ) Negro.
( ) Amarelo.
( ) Vermelho (Indígena).
( ) Pardo.


4. Você já conhecia o termo “Representatividade na Mídia” antes de ter acesso à definição no início do questionário? *
( ) Sim.
( ) Não.






5. Você se sente representado(a) no meio midiático¹? *
( ) Sim, faço parte da minoria étnica.
( ) Sim, faço parte da maioria étnica.
( ) Não, faço parte da minoria étnica.
( ) Não, faço parte da maioria étnica.
( ) Não tenho opinião sobre isso.






6. Quantas vezes você presenciou a exclusão social de uma pessoa por conta de sua etnia? *
( ) Uma vez.
( ) Duas vezes.
( ) Três vezes.
( ) Quatro vezes ou mais.
( ) Nenhuma.


7. Na sua opinião, atualmente os processos de exclusão social são geralmente praticados por: *
( ) Crianças.
( ) Adolescentes.
( ) Jovens.
( ) Adultos.
( ) Idosos.


8. Com que frequência você vê personalidades que fazem parte da minoria étnica, presentes no meio midiático? *
( ) Nunca.
( ) Raramente.
( ) Moderadamente.
( ) Constantemente.
( ) Não sei responder.




9. Você já se sentiu impulsionado a mudar sua aparência por conta da mídia? *
( ) Sim, uma vez.
( ) Sim, duas vezes.
( ) Sim, diversas vezes.
( ) Não, nunca.
( ) Não sei responder.


10.Na sua opinião, a forma ideal de percepção da importância da representatividade, é: *
( ) Diálogo.
( ) Discussões.
( ) Propagandas.
( ) Protestos/Passeatas/Paradas/Marchas.
( ) Divulgação.


11. Na sua opinião, atualmente as mulheres estão mais presentes na mídia do que antigamente? *
( ) Sim.
( ) Não.


12. Na sua opinião, houve alguma mudança na forma de retratar a mulher nas últimas décadas dentro do meio midiático? *
( ) Sim, minimamente.
( ) Sim, razoavelmente.
( ) Sim, drasticamente.
( ) Não.
( ) Não sei responder.


13. Quantas vezes você presenciou a exclusão feminina? *
( ) Uma vez.
( ) Duas vezes.
( ) Três vezes.
( ) Quatro vezes ou mais.
( ) Nenhuma.


14. Na sua opinião, as personagens femininas em filmes direcionados ao público masculino, são feitas para : *


() Representar.
( )Objetificar(tornar  objeto).
( )Os dois.
( )Nenhum.
( )Não sei responder.






15. Na sua opinião, ocorreria alguma mudança se grupos deixados de lado pela mídia, passassem a ser valorizados? *
( )Sim, com certeza.
( )Sim, um pouco.
( )Talvez.
( )Não.
( )Não sei responder.


* Resposta obrigatória.
¹ “Próprio da mídia”.




 Fórmulas de estatísticas



 Média



Mediana

 



Moda




 


 Desvio Padrão




Desvio Médio






Ponto Médio









Tabelas e Gráficos


      Nas tabelas se encontram algumas siglas, tais elas: 
      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.


Tabela e Gráfico 1


      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.









Devido ao meio em de disponibilizamos e divulgamos o questionário (via web), a nossa amostra se concentrou em adolescentes e jovens de 13 a 27 anos.


Tabela e Gráfico 2

     fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.





Nosso tema se dirige a minorias étnicas mas também ao público feminino, tratando de algo que as mulheres veem, presenciam, até mesmo experienciam; aliado ao fator experiência há a vontade de expor as opiniões a respeito de um tema mais que conhecido. Explica-se então por que quase 70% da amostra seja do gênero feminino.





Tabela e Gráfico 3


    
      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.




 Os resultados obtidos com o gráfico “Etnia dos entrevistados” foi um tanto surpreendente e curioso. Esperava-se algo similar ao gráfico referente aos gêneros, uma predominância do público à quem foi direcionado a pesquisa, entretanto ocorreu o oposto, já que 134 pessoas da amostra (69,1%) se autodeclararam branca.

   Através do histograma das idades e dos gráficos de gênero e etnias traça-se então o perfil dos entrevistados; Mulheres brancas na faixa etária de 13 a 27 anos.


Tabela e Gráfico 4


      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.



Quando falamos de mídia, o termo representatividade diz respeito sobre a frequência e modo com que determinado tipo de pessoa é representado.
   O termo minoria e maioria não se referem ao valor quantitativo. As minorias estão geralmente associadas as condições sociais mais frágeis.


Tabela e Gráfico 5


      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.




Quando falamos em mídia, o termo representatividade diz a respeito sobre a frequência e  modo com que determinado tipo de pessoa (classe social, etnia, gênero, entre outros), são representados.
   O termo minoria e maioria não se referem ao valor quantitativo. As minorias estão geralmente associadas a condições sociais mais frágeis.





Tabela e Gráfico 6

      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.

Vemos nesse gráfico que a maior parte das pessoas que se classificaram como maioria étnica soube responder e respondeu sim. Acreditamos que os 7% que se classificaram dessa maneira e responderam negativamente pode ser por parte da representação de suas sexualidades e corpos, 33% dos entrevistados não souberam responder. Essa resposta foi dada, em sua maioria, por pessoas que classificaram como minoria étnica.


Tabela e Gráfico 7


      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.
    
      O possível motivo dos entrevistados dizerem que os adultos serem quem mais pratica exclusão social se deve a idade da maioria dos entrevistados (13 a 27 anos). Pessoas nesta idade convivem com vários tipos de diversidade* e estão passando por um processo de reconhecimento e formação de personalidade** e entram em confronto ideológico com a geração mais velha, os adultos que, pelo contexto, seriam os pais, mães, tios e tias dos entrevistados, dando a impressão que a eles que os adultos estão os oprimindo.




Tabela e Gráfico 8


      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.
  

     O possível motivo dos entrevistados dizerem que os adultos serem quem mais pratica exclusão social é devido a idade da maioria dos entrevistados ( 13 a 27 anos). Pessoas nesta idade convivam com vários tipos de diversidade* e estão passando por um processo de reconhecimento e formação de personalidade** e entram em confronto ideológico com a geração mais velha, os adultos que, pelo contexto, seriam os pais, mães, tios e tias dos entrevistados, dando a impressão que a eles que os adultos estão os oprimindo.


Tabela e Gráfico 9




      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.



    É nesse gráfico que notamos a importância de uma  boa representação da mídia.Quando as propagandas trazem estampado uma mulher branca e loura, o interceptor questiona o nosso corpo, a nossa própria cor. A mídia tem influência na vida das pessoas, uma vboa representação é essencial para a autoaceitação
    Ficamos felizes ao notar que 32% dos entrevistados nunca quiseram mudar sua aparência. Infelizmente, é notado também que quase metade dos entrevistados passaram por um processo de negação da sua aparência diversas vezes.


Tabela e Gráfico 10


      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.



    Com esses resultados, é possível notar nos entrevistados uma tendência a uma ação mais pacífica, paciente e argumentativa quando se trata sobre mostrar a importância da representatividade, já que 41% e 33% (totalizando 74%) dos entrevistados escolheram respectivamente diálogo e divulgação como a melhor forma de fazer com que outras pessoas entendam como representatividade é importante.


Tabela e Gráfico 11

 
      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.
    
    O gráfico “Mudança da presença feminina na mídia, segundo os entrevistados” é praticamente um consenso, pois 99% dos entrevistados concorda que houve uma mudança de presença de mulheres com o passar dos tempos, se tornando cada vez mais presente e apenas 1% discorda disso.





 Tabela e Gráfico 12



      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.
    
    Os entrevistados, mesmo que em graus diferentes, concordam que houve sim uma mudança na forma de representação feminina (92% que se divide em minimamente, drasticamente e razoavelmente).
     E isto é claramente possível de ser visto quando comparado as propagandas de apenas 50/60 anos atrás e as de atualmente; ou então a mudança que ocorreu nos filmes e novelas, deixando de colocar a mulher sempre como a mãe, dona de casa, esposa devotada ao marido, tornando-a dona de seu próprio destino, mostrando como a mulher e capaz de tudo isso e ainda mais.
     Porém, acredita-se que o motivo que dentre as pessoas que veem uma mudança, a descrevam em sua maioria como razoável, seja porque ainda há falhas na mídia e elas acreditam que ainda há coisas a serem aprimoradas na mesma (como por exemplo os comercias de cerveja atuais).



Tabela e Gráfico 13



      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.




    Pelo menos 76% da amostra, pelo menos uma vez, presenciou já exclusão feminina (seja na área profissional, social, dentre outros meios). Um resultado assustador considerando a idade dos entrevistados ( de 13 a 27 anos), pois já tão cedo viram a mulher ser privada de coisas apenas pela sua identidade de gênero.
    Espantoso também foi o fato de que, ficando em segundo lugar, 24% da amostra diz nunca ter notado tal evento. Acreditamos que essas pessoas já presenciaram a exclusão da mulher em algum momento, mas não souberam identificar e associá-la como forma de exclusão. Exclusão é um termo forte e por isso vem logo a mente casos extremos de exclusão, mas nem sempre é assim, as vezes ocorre de forma mais vedada e implícita, como os tabus de que mulher não pode praticar esportes violentos, loiras não podem ser inteligentes e vários outros esteriótipos que, quando aplicados na vida real, geram exclusão.


Tabela e Gráfico 14





      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.

   
     Este gráfico apresenta um espelho da mídia atual onde a maioria das mulheres são objetificadas e apenas poucas personagens são feitas realmente para retratrar a mulher de forma fiel, já que mais da metade dos entrevistados (55%) concordam que estas personagens são feitas para objetificar e apenas 3% diz que são feitas para representar.


Tabela e Gráfico 15


      fi : Frequência relativa;
      fi% : Percentual de frequência relativa;
      fac : Frequência acumulada;
      fac% : Percentual de frequência acumulada.

   
     Este gráfico explicita a visão esperançosa dos entrevistados em relação há mudanças sociais caso a mídia optasse por uma postura mais inclusiva e menos esteriotipada, tanto das tantas etnias do mundo como das mulheres.
    Percebesse desta forma que, assim como uma mídia seletiva é capaz de atrapalhar e dificultar o processo de empoderamento e aceitação das pessoas, uma mídia acolhedora e representativa é capaz de ajudar a todos em seus processos de aceitação, valorizando não apenas um só tipo de beleza mas todos, presando pelo diferencial das pessoas.


Conclusão



     Com esse trabalho foi possível observar as várias conquistas das mulheres e da diversas etnias em relação a mídia, e cada dia que passa mais e mais pessoas conhecem e percebem como é importante que as pessoas sejam representadas e ainda por cima bem representada. Apesar das conquistas há muito o que se fazer nesse tocante, para que no futuro, todos possam se sentir parte de uma sociedade inclusiva e positiva, onde não haveria nenhuma discriminação propagada nas capas de revistas, nos filmes, e novelas. E nos damos por satisfeitas com os resultados obtidos e concluímos que atingimos o nosso principal objetivo que era conscientizar a população através do questionário e de toda a pesquisa.




Dificuldades






     A maior dificuldade sem sombra de dúvidas encontrada durante o trabalho foi a falta de trabalho em grupo. Todas se esforçaram muito para alcançar o objetivo proposto no trabalho mas ao mesmo tempo, a falta de comunicação e o stress gerado devido as datas, tornaram o trabalho muito mais complexo e amplo do que se esperava. Outro grande obstáculo para o desenvolvimento do trabalho foi a falta de bibliografia específica ao nosso tema, que apesar de ser exatamente atual nos grupos de discussões, ele ainda não é algo estudado a fundo em trabalhos acadêmicos.


Agradecimento


     Gostaríamos de agradecer a todos que nos auxiliaram de qualquer forma no preparamento do trabalho, incentivando, ensinando entre outros.
     Também é importante ressaltar nossa gratidão a todos que nos deixaram filmá-los para nosso vídeo.
     Obrigada aos nossos amigos, famílias e professores Silmara e Rodrigo. Desejamos a vocês todo o amor do mundo.





































Referências


Instituto de Geografia e Estatística
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=351910
Acesso em: 24/05/2016.
Instituto de Geografia e Estatística
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=352680
Acesso em: 24/05/2016.


Instituto de Geografia e Estatística
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=352530
Acesso em: 24/05/2016.


ARAUJO, Bruno. Publicado em 08/03/2016 12h40 - Atualizado em 08/03/2016 12h59, no G1 de São Paulo. Pode ser acessado em:
http://g1.globo.com/tecnologia/games/noticia/2016/03/e-nosso-dever-incluir-todo-tipo-de-gente-diz-artista-de-towerfall.html
Acesso em: 21/04/2016.


http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/representacao-do-negro-na-tv-antigos-estereotipos-e-busca-contextos-positivos.html
Acesso em: 21/04/2016.


G1, São Paulo. Publicado em 23/09/2013 20h32 - Atualizado em 23/09/2013 20h39. Pode ser acessado em:
http://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2013/09/58-diz-que-mulher-e-retratada-como-objeto-em-anuncio-de-tv-diz-estudo.html
Acesso em: 21/04/2016.


http://blogueirasfeministas.com/2012/07/criancas-adolescentes-e-o-preconceito/
Acessado em 15?09/2016.


http://novaescola.org.br/conteudo/401/a-busca-da-identidade-na-adolescencia
Acessado em 15/09/2016.